Paisagens brasileiras…

19 05 2024

Paisagem com rio

Campos Ayres (Brasil, 1881-1944)

óleo sobre madeira, 25 x 40 cm

 

 

 

Paisagem, década de 20

Alfredo Volpi (Itália-Brasil, 1896-1988)

óleo sobre tela, 30 x 37 cm

 

 

 

Paisagem do Dique na Bahia, 1980

Jenner Augusto (Brasil, 1924 – 2003)

óleo sobre tela, 37 x 61 cm





Em casa: Eszter Szabo

19 05 2024

Miss November

Eszter Szabo, (Hungria, 1979)

acrílica sobre tela, 70 x 50 cm





Flores para um sábado perfeito!

18 05 2024

Natureza morta, 1936

Monteiro França (Brasil,1876 – 1944)

óleo sobre tela, 71 x 53 cm

 

 

 

Flores do campo

P. LICATTI [José Paulo Licatti]  (Brasil, 1910-1990)

óleo sobre tela, 41 X 33 cm





Dia a dia…

18 05 2024

ENCONTRO DE ESCRITORES –  Aqui estou eu, o poeta e letrista paulista José Mauro e a encantadora Aninha na porta Livraria Argumento, no Leblon, depois de um delicioso jantar no Café Severino.  Foi uma das noites mais agradáveis que passei nos últimos tempos, que espero poder repetir em breve.  José Mauro tem diversas letras de músicas em seu portfólio assim como alguns prêmios.





Rio de sol, de céu, de mar…

17 05 2024

Mosteiro de Santo Antônio, 1937

Milton Dacosta (Brasil,1915-1988)

óleo sobre madeira, 25 x 31 cm

 





Trova do destino

16 05 2024
Ilustração, Clarence Coles Phillips (EUA, 1880-1927)

 

 

 

Ao beijar a tua mão,

que o destino não me deu,

tenho a estranha sensação

de estar roubando o que é meu.

 

(Durval Mendonça)





Imagem de leitura: Arthur Timotheo da Costa

16 05 2024

Leitura, 1921

Arthur Timótheo da Costa (Brasil, 1882-1922)

óleo sobre tela, %7 x 49 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

15 05 2024

Copa

Giovanni Gargano (Brasil, 1952)

óleo sobre tela, 46 x 55 cm

 

 

 

Natureza morta

Henri Carrières (França-Brasil, 1947)

óleo sobre tela,  50 X 60 cm





Nossas cidades: Lagoa Santa

14 05 2024

Paisagem com Verde: Lagoa Santa, 1986

Inimá de Paula (Brasil, 1918-1999)

óleo sobre tela, 53 x 64 cm





A Fazenda Santa Cruz, poesia de Olegário Mariano

13 05 2024

Entrada da fazenda, 1966

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 59 x 77cm

 

 

O Rio Grande do Sul está em todos os nossos pensamentos.  Dia sim. outro também.  Durante a semana passada, uns versos, que eu não sabia de quem, e que não sabia de onde vinham, vieram me visitar, memória é uma coisa chocante. 

Por muitos anos tive o hábito de anotar versos que lia e que achava bonitos.  Na adolescência certamente sem o cuidado que desenvolvi, ao longo dos anos, de anotar o autor, o livro etc.  A frase que me perseguiu foi “os rios são com certeza, o pranto da natureza.”  Bem, chegar à autoria de Olegário Mariano foi fácil.  Bastou abrir aspas, colocar a frase no Google, fechar aspas e procurar.  O problema foi achar a poesia….  Achei.  Tenho em casa a obra completa do poeta.  Mas são dois volumes…  Levei  um tempinho.  Aqui vai para vocês.

 

Acredito que o rio mencionado na poesia seja o Rio Saracuruna aqui no estado do Rio de Janeiro.  Já naquela época, antes de 1931, Mariano nos alertava sobre os maus tratos que este rio recebia.

 

 

 

A Fazenda Santa Cruz

 

Olegário Mariano (1889-1958)

 

 

Por entre a folhagem verde

Que pelas brenhas se perde,

No coração da Fazenda

Dorme a casa de vivenda.

 

Um pátio largo defronte,

Ao fundo azul — o horizonte

A crepitar, esbraseado,

Num crepúsculo doirado.

 

A mata pesada, imensa,

Parece que sonha ou pensa…

Catedral verde que encerra

O culto simples da terra.

 

Abre-se um rio de prata

E, num fragor de cascata,

Borbulha de duna em duna…

É o rio Saracuruna.

 

À tona um enxame treme

Se equilibra e vibra e freme,

E às vezes se desmorona

Como uma coluna, à tona…

 

Umas partem, outras voltam,

As asas doiradas soltam

Em nervosas tarantelas,

Brancas, verdes amarelas.

 

Bate a porteira da entrada.

Sonolenta entra a boiada:

— Pintado!  Moreno!  Audaz!

And à frente, meu rapaz!

 

Um deles, o mais tristonho,

Que é pesado como um sonho,

Olhando o campo tão lindo,

Vai passando, vai mugindo…

 

Entre árvores surge a lua,

Branca e inteiramente nua,

Mostrando, em suaves coleios,

O tronco, os braços, os seios…

 

Sobe e do alto descampado

Espalha um véu de noivado

Com cintilações estranhas

Pela encosta das montanhas…

 

Depois desce ao rio, e o rio

Que rola sereno e frio,

Se enrosca num frenesi:

— Beija-me as águas, Iaci!

 

O Saracuruna sonha…

Na marcha lenta e tristonha,

O rio lembra um vivente

Porque chora, porque sente.

 

Vai sinuoso… Entra a devesa

Levando na correnteza

Troncos, arbustos e ninhos

Que encontrou pelos caminhos.

 

E perde-se longe…  Agora

Nem sinal da água que chora…

 

Os rios são, com certeza,

O pranto da natureza.

 

 

Em: Toda uma vida de poesia — poesias completas, Olegário Mariano, Rio de Janeiro, José Olympio: 1957, volume 1 (1911-1931), pp. 90-92.